“ São essas pessoas da linha de frente, que sabem de verdade o que é política”
1. Conte um pouco de quem você é. Seu nome, idade e cidade de onde vem.
Jorge Oliveira Rodrigues, 26 anos. Gay, nascido e criado em Aracaju-SE.
2. Como ingressou na política? Descreva uma situação que lhe fez querer participar.
Sou filho e neto de funcionários públicos e professores. Acho que a política sempre esteve presente em minha vida. A interlocução com meu pai, professor de História, foi muito importante. Mas foi na faculdade que eu me entendi propriamente como sujeito político. Era um ambiente altamente politizado e onde pude entender a importância de estar organizado politicamente. Comecei a desenvolver ali um senso de responsabilidade social muito forte, fruto das influências que tive – dentro e fora da sala de aula.
3. Qual foi o momento mais marcante para você na política?
Lembro da primeira vez que visitei um acampamento do MST. A cooperação entre os assentados, um clima real de solidariedade e o sendo de coletivo mexeu muito comigo. Tenho algumas fotos desse dia e carrego junto de mim. São essas pessoas, da base, da linha de frente, que sabem de verdade o que é Política. É muito aprendizado.
4. Como conheceu a Legisla?
Conheci o trabalho da Legisla por volta de 2019, depois de uma campanha eleitoral no mínimo complexa. Na época, eu tinha acabado de sair de uma campanha para o legislativo federal, pelo estado de São Paulo e a única certeza que tinha era de que precisava seguir atuando na política para construir um país menos desigual e mais inclusivo, resistindo aos retrocessos que então apenas se desenhavam. A Legisla foi uma das portas que bati. E cá estamos!
5. 2020 foi um ano bem atípico, com todo o contexto da COVID-19, como vê o papel da política na construção de saídas coletivas desse processo?
Não há saída que não venha da coletividade. A vacinação é um exemplo disso. Eu me vacino não só por mim, mas por um pacto de saúde coletiva! Infelizmente, vivemos em tempos muito sombrios, em que impera o individualismo em suas diversas formas – principalmente na economia. E a resposta pra tudo isso vem da Política, o cenário por excelência do coletivo. As soluções são complexas porque respondem a problemas estruturais. Não é fácil, mas é necessário. É momento de pressionar por cada vez mais participação social na política.