#GentedaLegisla – Entrevista com Danielle Brito

“ Estudo para ter cada vez mais competência técnica para transformar e contribuir para a Política” 

Uma crença que está presente em tudo que a Legisla faz é que equipes e instituições são feitas das pessoas que a compõem. E é por isso que estamos fazendo a série Gente da Legisla, para que você conheça pessoas que, de uma maneira ou outra, por muitas portas de entrada, se envolvem com a Legisla Brasil. Hoje conversamos com a Danielle, um dos 28 finalistas da Trilha, nosso programa que inicia jovens numa carreira política. Vem conhecer a história dela! 

1. Conte um pouco de quem você é. Seu nome, idade e cidade de onde vem. 1. 

Meu nome é Danielle Britto, tenho 21 anos e sou natural de Brasília – DF. Atualmente, moro em São Paulo – SP e estou cursando o último ano da graduação de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda na ESPM.

2. Como ingressou na política? Descreva uma situação que lhe fez querer participar.

Desde pequena, tenho um senso de justiça muito forte e o fato de ter nascido em Brasília, fez com que eu convivesse com diferentes políticos e personalidades políticas que despertaram ainda mais esse interesse em mim. Quando criança, eu adorava ler a Constituição Federal de 1988 que ficava na estante do meu avô e não há melhor programa brasiliense para mim, do que um passeio pela esplanada olhando todas aquelas instituições e pensando na responsabilidade e poder de transformação que elas possuem. Costumo dizer que a política sempre esteve presente na minha vida e mesmo quando tentei me afastar dela, ao cursar comunicação, me peguei dentro do movimento estudantil, onde fui eleita Diretora Política do Centro Acadêmico 4 de Dezembro. Desde então, assumi esse amor e estudo para ter cada vez mais competência técnica para transformar e contribuir com essa área a qual eu tanto acredito, colaborando para um país menos desigual e com equidade para todes. 

3. Qual foi o momento mais marcante para você na política?

Para falar de um momento recente, ficou muito marcado para mim a eleição da Erika Hilton para a vereança de São Paulo, nas eleições municipais de 2020, sendo a candidata mulher mais bem votada do país. Diante de tantos retrocessos nesses últimos anos e violências contra as minorias e maiorias minorizadas, a vitória de Erika, soa para mim como um grito de esperança, potência e resistência. Uma mulher travesti, preta e periférica ocupando pela primeira vez a Câmara Municipal da maior cidade da América Latina, é um avanço para toda a sociedade e um fortalecimento da democracia. Só não podemos esquecer que também demonstra uma violência e um atraso, já que só em 2020 pessoas que sempre existiram estão sendo representadas. Entendo que a velocidade é a antítese da democracia e o que me marca, são esses momentos históricos de esperança acompanhados de um grito de urgência e reparações, que precisam acontecer para que espaços políticos sejam seguros para todes e para a consolidação de uma verdadeira democracia.

4. Como conheceu a Legisla?

Conheci a Legisla através da internet, enquanto eu pesquisava sobre organizações que estão transformando o poder legislativo e, coincidentemente, era na época de inscrições para o Programa Trilha 2021. Corri para me inscrever e hoje, felizmente, sou uma das finalistas do programa. 

5. 2020 foi um ano bem atípico, com todo o contexto da COVID-19, como vê o papel da política na construção de saídas coletivas desse processo?

A pandemia de covid-19 expôs o quão desigual nosso país é, o quão urgente é a implementação de políticas públicas preventivas e reparadoras. A pandemia expôs a importância de uma educação e saúde pública de qualidade que só podem ser garantidas através do investimento humano e financeiro pelo poder público. Temos vários exemplos de países, como a Nova Zelândia, que lidaram muito bem com a epidemia devido sua conduta e estratégias de enfrentamento contra o vírus. Tratando-se de um país continental tão diverso e heterogêneo como o Brasil, o papel do poder público e de todos os agentes estatais, é extremamente importante e toda sua articulação e accountability com a sociedade civil são substanciais. Cabe às esferas de poder garantir que os direitos constitucionais sejam garantidos para todos e a construção de saídas coletivas estratégicas, é fundamental para o sucesso no enfrentamento da epidemia. Só iremos combater esse problema, se toda a sociedade compreender, por exemplo, o interesse coletivo na vacinação em massa, no uso de máscaras e na importância de investimento na ciência brasileira e, os agentes públicos são os principais responsáveis pela educação política e pela construção dessas saídas coletivas, preservando o bem-estar social. Vivemos uma democracia representativa e enquanto sociedade civil, é nosso direito e dever cobrar que os mandatários cumpram com os interesses da população e garantam não apenas sua vida, mas sua sobrevivência, além de incentivarem uma democracia participativa para além da representativa, principalmente diante de uma crise sanitária que não depende apenas de um indivíduo, mas do coletivo.

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